O que é o Método Científico
O Método
Científico é um conjunto de regras básicas que diz como produzir um
conhecimento cientificamente comprovado. O conceito de Método Científico foi
criado por Francis Bacon no século XVII, baseado nos trabalhos de Copérnico e
Galileu . Ele consiste em cinco etapas diferentes: Observação, pergunta, hipótese, experiência e conclusão.
Etapa 1: Observação
Quase todas as investigações científicas começam por uma
observação que desperta a curiosidade ou suscita uma questão. Por exemplo,
podemos observar que alguns carros são mais rápidos que outros. A partir disso,
podemos nos perguntar o porquê. Será que a forma da carroceria do carro afeta
sua velocidade?
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As etapas do Método Científico |
Etapa 2: Formulação da pergunta
O propósito da pergunta é estreitar o foco da investigação e
identificar o problema em termos específicos. Que forma de carroceria do
automóvel oferece mais velocidade?
Eis algumas outras questões científicas:
·
o que faz com que as raízes de uma
planta cresçam para baixo e o seu caule cresça para cima?
·
que marca de desinfetante bucal mata
mais germes?
·
que forma de carroceria de automóvel
reduz com mais eficiência a resistência do ar?
·
o que causa descoloração nos corais?
·
o chá verde reduz os efeitos da
oxidação?
·
que tipo de material de construção
absorve mais som?
Encontrar perguntas científicas não é difícil e não requer
treinamento científico. Se você já se sentiu curioso sobre algo, se já quis
saber o que causou algum acontecimento, então provavelmente já formulou uma
pergunta que poderia servir de base a uma investigação científica.
Etapa 3: Formulação da hipótese
Perguntas anseiam por respostas e o próximo passo no método
científico é sugerir uma possível resposta em forma de hipótese.
Uma hipótese é, muitas vezes definida, como um palpite informado porque quase
sempre se baseia nas informações que você dispõe sobre um tópico. Por exemplo,
se você desejasse estudar o problema da carroceria dos carros, poderia já ter a
sensação intuitiva de que um carro em forma de pássaro poderia enfrentar menos
resistência do ar do que um carro em forma de caixa, sendo assim mais veloz.
Essa intuição pode ser usada para ajudar a formular uma hipótese.
Em termos gerais, uma hipótese é expressa na forma de uma
declaração "se... então". Ao fazer uma declaração como essa, os
cientistas estão praticando o raciocínio dedutivo, que é o oposto
do raciocínio indutivo. A dedução, na lógica, requer movimento do geral para o
específico. Eis um exemplo: se o perfil da carroceria de um carro se relaciona
à resistência do ar que ele encontra - declaração geral - então um carro
em forma de pássaro será mais aerodinâmico do que um carro em forma de caixa - declaração
específica.
Perceba que existem duas qualidades importantes quanto a uma
hipótese expressa em formato "se... então". A primeira é que ela é
passível de teste e é possível organizar uma experiência que teste a validade
dessa declaração. A segunda é que ela pode ser contestada, ou seja, seria
possível desenvolver uma experiência que revele que tal idéia não procede. Caso
essas duas qualificações não sejam atendidas, a questão não poderá ser tratada
por meio do método científico.
Etapa 4: Experiência controlada
Muitas pessoas pensam em uma experiência como algo que
acontece em um laboratório. Mas as experiências não necessariamente envolvem as
bancadas de um laboratório ou tubos de ensaio. No entanto, elas precisam ser
montadas de forma a testar uma hipótese específica e precisam ser controladas.
Controlar uma experiência significa controlar todas as variáveis, de modo que
apenas uma esteja aberta a estudo. A variável independente é a variável
controlada e manipulada pelo responsável pela experiência, enquanto a variável
dependente não o é. À medida que a variável independente é
manipulada, a variável dependente é mensurada em busca de variações. No exemplo
sobre o carro, a variável independente é a forma da carroceria. A variável
dependente - aquilo que medimos para determinar o efeito do perfil do carro -
pode ser a velocidade, o consumo de combustível ou uma medição direta da
pressão de ar exercida sobre o carro.
Controlar uma experiência também significa montá-la de forma
que haja um grupo de controle e um grupo experimental.
O grupo de controle permite que o responsável pela experiência estabeleça um
parâmetro de comparação, com números que ele possa confiar e que não resultem
das mudanças geradas pela experiência.
Agora considere o exemplo sobre a resistência do ar. Se
desejarmos conduzir a experiência, precisaríamos de ao menos dois carros - um
de forma mais esbelta, semelhante à do corpo de um pássaro, e o outro em forma
de caixa. O primeiro modelo seria o grupo experimental e o segundo o grupo de
controle. Todas as demais variáveis - o peso dos carros, os pneus e até mesmo a
pintura - teriam de ser idênticas. A pista de teste e as condições que a afetam
teriam de ser controladas ao máximo.
Etapa 5: Analise os dados e conclusão
Durante uma experiência, os cientistas reúnem dados
quantitativos e qualitativos. Em meio a essas informações, se eles tiverem
sorte, estão indícios que podem ajudar a sustentar ou a rejeitar uma hipótese.
O volume de análise necessário para chegar a uma conclusão pode variar
amplamente. Ocasionalmente, é preciso usar ferramentas analíticas sofisticadas
para analisar os dados. De qualquer forma, o objetivo final é provar ou negar
uma hipótese e, ao fazê-lo, responder à pergunta original. Se a hipótese for
comprovada, o objetivo da experiência é atingido. Caso contrário, deve ser
formulada outra hipótese e comprová-la por outra experiência.
Fontes: